quinta-feira, 6 de abril de 2017

Caminhada na Região de Santa Rita do Passa Quatro

Pessoal,

Em nossa caminhada na região de Santa Rita do Passa Quatro visitamos alguns pontos turísticos da cidade, tais como: Deserto do Alemão, Museu Zequinha de Abreu, Cachoeira da Usina São Valentim e fizemos a famosa Trilha dos Jequitibás, onde está localizado o Patriarca, maior Jequitibá que existe por aqui.

Como resultado temos uma enorme quantidade de fotos. As fotos do Renato Dionísio e de Ademir Martins estão na nossa página do Google+: https://plus.google.com/+Peregrinosecia .

As fotos do Ravasi estão em : https://photos.google.com/share/AF1QipOZqqRRC3lJ27sQ6qm-_xLMfkSMDfcCuA_riAfbcARLjBhIFeYhOUJiEEMusUIZaA?key=TkR5N1RYYWVMakVGRXBBLTBMYXpuNVhHWHQ1a0p3 .

Vamos também recordar uma crônica falando sobre o Jequitibá escrita pelo Ovídio Mora em 2003.

                                                  O JEQUITIBÁ

Crônica de Ovídio Aparecido Mora


Localizado a 60 km de Ribeirão Preto, no Km 245 da Via Anhanguera,  no agradável e bucólico município de Santa Rita do Passa Quatro , está o Parque Estadual de Vassununga, uma das últimas reservas de floresta latifoliada tropical semidecídua, ou seja, mata Atlântica de interior e de cerrado.
Foi criado em 26 de outubro de 1970 pelo Governo do Estado de São Paulo e possui 1.732,14 há.
À entrada do parque, um marco geodésico indica latitude -21°45’ e longitude -47°17’33’’ .
Através dessas coordenadas o mundo científico se localiza e a elas todos os ecologistas dão fundamental importância,  não só pelo que representa o parque, mas por estar lá uma realeza.
Quis a natureza que em nossa rica região de Ribeirão Preto remanescesse o mais antigo ser vivo do planeta: um jequitibá-rosa com 3,6 m de diâmetro (11 homens para abraçá-lo), 40 metros de altura e 3 mil anos de idade.  As sequóias da Califórnia são árvores até maiores, porém apenas milenares, enquanto nosso jequitibá é trimilenar. 
Quando o vi pela primeira vez, não sabia se sentava ou se me ajoelhava para reverenciar toda aquela majestade. Ali, entre outros seus irmãos mais novos, assemelha-se a um guardião cabeludo e barbudo observando a floresta. Num outro momento, tem-se a impressão de que seus grossos galhos são como os braços de um gigante acorrentado aos céus, bradando contra a humanidade pela derrubada incontida das matas, lar de seus pais, de seus irmãos e de todos seus parentes árvores, numa guerra indefesa, mais desastrosa do que as bombas detonadas ou a serem detonadas por americanos e outros.  Mas essa infâmia tem que acabar; aos pés do herói sobrevivente deveriam chorar e arrepender-se aqueles que, sem sentimento algum, devastaram impiedosamente a Mata Atlântica, a Araucária e de quererem agora acabar com  a Amazônia.
É importante que visitemos essa preciosidade, que dela falemos aos filhos, sobrinhos, netos e amigos, a fim que as gerações futuras sensibilizem-se para a recuperação do equilíbrio ecológico.
Há um estacionamento junto à mata, onde um monitor espera os visitantes para uma preleção. Segue-se a pé, por caminhos bem cuidados, com quiosques, lixeiras e placas com nomes das espécies de árvores, percorrendo-se cerca de 1,5 k  até o jequitibá, onde há bancos de madeira e bebedouros.  Indo adiante, temos banheiros limpos e o bosque dos jequitibás, despontando-se um outro enorme, quase do tamanho do nosso gigante herói.
Recomenda-se levar repelentes ou usar calças e mangas compridas, pois os mosquitos de lá ainda não estão acostumados com você.

(Crônica publicada  no Informativo Afaban-Ribeirão Preto e Região,  edição de março/abril de 2003.)
Nosso gigante é carinhosamente chamado de “Patriarca”.


Ovídio.